Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos nos meses de novembro e dezembro de 2021, com pouco mais de 20 mil pessoas de 30 países, apontou que 73% dos mil brasileiros entrevistados consideram que o custo de vida no país aumentou nos últimos seis meses. As notícias da intitulada “Inflação: Percepções do Consumidor” também são de que, nesse ranking, o Brasil só perde para quatro países: para a líder Argentina, com 79% no percentual de percepção de inflação; para a Colômbia e a Turquia, com 75%; e para a Rússia, com 74%.
Junto com o Brasil, aparecem, ainda, Polônia e África do Sul — ambas também com 73% da sua população considerando que o custo de vida subiu nos últimos meses. Logo em seguida aparecem: Peru (72%), Chile (71%), México (69%), Romênia (67%), Hungria (66%), e Bélgica (60%).
Na ponta oposta, com os menores percentuais em termos de percepção de inflação, estão: Japão (21%), China (35%), Malásia (41%), Suécia (44%), Austrália (45%), Coreia do Sul (48%) e Grã Bretanha (50%). E, com os percentuais intermediários, ficaram:
- Canadá (58%);
- Índia (58%);
- Espanha (57%);
- Arábia Saudita (57%);
- Estados Unidos (56%);
- Países Baixos (56%);
- Itália (54%);
- França (53%);
- Alemanha (51%); e
- Cingapura (51%).
Segundo o que destacou o Instituto Ipsos, nesta edição da pesquisa, o transporte aparece como o “vilão do orçamento dos brasileiros”. “Para 80% dos entrevistados no país, os custos com deslocamento foram muito mais altos que há seis meses. É o sexto maior percentual entre os 30 países pesquisados, empatado com Turquia. A Polônia registrou o maior índice (83%)”, pontuou a entidade.
Outros custos, como com alimentação e serviços (água, luz, gás, telefone, internet), também aparecem de forma significativa no levantamento, entre os entrevistados no Brasil: “79% afirmaram ter gastado mais com comida e bebida no período citado e 78% com as contas dos serviços citados”, ressaltou o Ipsos.
“No ranking dos gastos com entretenimento, o Brasil é segundo lugar: 69% dos entrevistados no país disseram que os custos com lazer aumentaram em seis meses. Apenas os argentinos superaram esta marca (74%) […] Entre os brasileiros, a percepção de aumento nos gastos com vestuário é comum a 70% dos entrevistados; com saúde, a 69%; e com habitação, a 65%”, completou o Instituto responsável pela pesquisa.