Os preços praticados pela indústria de extração e de transformação tiveram uma alta de 0,70% no final do mês de fevereiro de 2020 quando comparado com janeiro deste ano, período onde a variação sofrida foi de 0,35%. Os dados foram divulgados em novas notícias pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final do mês de março deste ano. O instituto utilizou o IPP (Índice de Preços ao Produtor) para corroborar os dados divulgados. Os principais motivos para a elevação da variação nos preços praticados pela indústria foram a alta do dólar frente ao real e a desvalorização do preço do petróleo no mercado global.
O índice utilizado pelo instituto foi criado para medir as oscilações dos preços praticados diretamente do industrial, sem considerar o preço do frete e impostos. A medição foi feita em 24 atividades da indústria de transformação e extração. No mês de janeiro deste ano, 17 setores já haviam apresentados alta no preço praticado na “porta das fábricas”, saltando para 20 no final de fevereiro deste ano.
Um dos maiores influenciadores para isso estar acontecendo é a grande depreciação do real em relação ao dólar, que foi de 4,7% entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020. Os setores da indústria que são bastante intensivos em exportação, como é o caso do fumo e do couro, a elevação dos preços foram maiores, (2,38%) e (3,40%), respectivamente.
Entre os segmentos que mais se destacaram no índice, alimentos, derivados de petróleo, metalurgia, outros químicos e veículos tiveram aumento de preço, menos derivados de petróleo. A maior alta veio de alimentos (variação de 0,37% p.p.), que no mês de janeiro deste ano havia registrado um recuo de 1,91%, e na contramão da queda, teve elevação de 1,60% em fevereiro deste ano.
De modo geral, as atividades que representaram uma grande elevação no IPP foram: indústria extrativa (5,51%); metalurgia (2,81%); e calçados e artigos de couros (3,40%). É importante salientar que os setores de outros químicos, responsável por fertilizantes e adubos apresentou elevação dos preços após meses de queda. Essas altas nos preços praticados diretamente pelos industriais correspondem aos aspectos de queda no patamar da economia ligada diretamente a cada setor observado, muitos deles motivados pela recente pandemia.