Dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), divulgados no último dia 31 de janeiro, apontaram que o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), medido pela entidade, subiu para 109,1 pontos no primeiro mês de 2024. O resultado se trata de um crescimento de 2,1 pontos ante a pontuação de dezembro de 2023, (107 pontos).
Contudo, mesmo com a alta, IIE-Br manteve-se abaixo dos 110 pontos, “na região avaliada como de incerteza moderada”, explicou o relatório do FGV Ibre.
Dentre os dois componentes do Indicador de Incerteza da Economia, Mídia (que é baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online), subiu 4 pontos em janeiro, para 112,2 pontos — contribuindo positivamente, com 3,5 pontos, para a evolução do índice agregado. Já “o componente de Expectativas (construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos) recuou 6,2 pontos no primeiro mês deste ano, caindo para 93 pontos. Esse é menor nível desde novembro de 2017 (92 pontos) do componente de Expectativas, que, por sua vez, contribuiu de forma negativa, com – 1,4 ponto, para evolução do IIE-Br em janeiro.
Segundo o que destacou a economista da FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia, “a análise de texto das notícias consideradas como indicativas de incerteza econômica sugere certa tranquilidade no front macroeconômico interno (juros, inflação e câmbio), exceto no que diz respeito ao cumprimento ao longo do ano das metas estabelecidas no arcabouço fiscal”. Ainda segundo Gouveia, as maiores fontes de pressão para a alta do Indicador de Incerteza da Economia de janeiro vieram de fatores como: aumento do pessimismo com a economia global, previsões menos favoráveis para o crescimento chinês e riscos geopolíticos diversos.
Todos os dados e informações sobre a evolução do IIE-Br estão disponíveis na íntegra da publicação feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV.